sexta-feira, 18 de abril de 2008

Teu?



Meu pai quantas vezes te procurei

Pai!

Onde te encontro para falarmos um pouco?

Onde andaste enquanto crescia?

Quantas vezes esperaste por mim em dias de chuva junto à escola?

Quantas noites ardendo em febre senti tua mão em meu rosto?

Onde estiveste meu pai?

Para dividir contigo os meus sonhos

Para saber que como os outros estavas presente.

Pai!

Soa-me a longínquo

Soa-me a abandono

Soa-me a perda

Sabes pai, fiz o meu tempo em esperas

Na espera da mensagem da noite

No soar de um telefonema que nunca chegou

Pai!

Que me ensinaste?

Quantas vezes olhaste para os meus olhos

Dizendo…

Amo-te meu filho

Cresci pai.

E tu não estiveste nunca.

Nenhum comentário: