domingo, 10 de maio de 2009

Véu







Não me exijam o que não posso dar
Não me peçam as estrelas que brilham no céu.
Nem a estrela cadente que passa fugidia.
Não me implorem que me cubra de um véu espesso.
Dei o corpo, dei a alma!
A alma retornou livre
Hoje corre cadente
Enorme
Corre livre e não carente!
Ela é plena em luz e espaço,
Mas…
Oculta-se!
Nem sempre cruza o caminho que trilhámos.

domingo, 3 de maio de 2009

Ousadia






Quem és tu?
Que me classificas
Que passas pela vida sem dar a mão.
Quem és tu, capaz de me saber mãe em tempo inteiro de vida
De vida mal vivida
De noites mal dormidas
De momentos duros em solidão
Com rumos que tento preparar
Caminhos sem caminho
Caminhos tão cegos como tu.
Quem és tu que te lembras que sou mãe?
Que ousas classificar-me num manifesto de dia.
Quantas horas perderam eles à tua espera?
Quantas vezes um conforto, um carinho ou um interesse?
Quem és tu?
Que passas pela vida, da vida dos teus filhos …
E nem estrada.
Nem farol
Nem um passeio na praia
Ou um cinema animado.
Nem sequer, uma noite mal dormida.
Que perdes palavras de amor, dedicação e tempo
Para as dizer e escrever, quem sabe….
A compreensão, o ombro amigo, o dever!
Sim o dever!
Para outrem…
Quem ousas tu classificar?