sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ceguei





Por eles e por mim
Comecei em usos e atitudes iguais às tuas.
Visto-me de omissões e enigmas
Preparo caminhos que te farão sofrer.
Revesti-me de capas de força e resistência
Não mais ficarás impune perante o que fizeste.
Aderi ao teu jogo
Usei o teu punhal como arma.
Subestimaste-me julgando que por amor tudo suportaria.
Jogaste com as minhas emoções.
Brincaste tempo demais com os meus sentimentos.
Que julgavas?
Que te tinhas endeusado?
Não sabes que o amor tem que ser recíproco?
Que deste em troca de tanto?
Verás!
Verás a seu tempo…
Como do «Deus», nada restou.
As cruzes que me fizeste carregar
Deixaram de andar ao peito.
Pesam-me apenas nas costas
Mas não as vejo!
Ceguei!

domingo, 26 de outubro de 2008

Agora é tarde!





Agora é tarde!
Nem choro, nem compensações...
Pagarão os dias, as horas que não ficaste comigo.
Apenas contam os dias …
Tão poucos, em retribuição de uma vida.
Vida inteira doada.
Precisei em momentos que te chamava.
Nos momentos em que precisava tanto!
Quando me sentia só.
Assustada
Com pesos enormes
Sem força para levá-los.
Não me leves flores.
Não me elogies.
Nem me dês jazigos de ouro
Nem lágrimas…
Nada limpará o tempo…
O tempo!
Em que me abandonaste.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Acabei por cair!



Nunca pensei usar máscaras
Nunca imaginei caminhos escuros nem omissões
Esperei caminhos de luz e verdade
Ansiei por ser diferente num mundo escuro
Com mil faces de mentiras
Esperei que nada me atingisse em dias tumultuosos
Espalhei amor, lealdade e paz.
Em retorno nada recebi
Cobri-me de véus dúbios
De noites mal dormidas e ondas de sofrimento.
Gritei e chorei não querendo vestir-me assim.
Como em fardas de apresentação iguais e omissas
Tu …
Tu assim quiseste!
Que me manchasse em deslealdades
Em sorrisos escondidos
Em atitudes iguais
Caiu a máscara prostrada no chão!
Temo dizer o que me vai no espírito!
Vamos ver quem na disputa a que me propus, ganha!
Para que nunca esqueças
Que a vencedora fui eu!