Assim estou...
Calada, submissa em dias perdidos.
Para que hei-de clamar?
Implorar…
Com pleno direito a exigir?
Assim me prostraram em tantos momentos
Assim me retribuíram
Tanto amor, tanta abnegação, tanta doação.
Será que levantarei o véu que me impuseram?
Será que movida de uma força sem par
Ainda conseguirei rebelar-me?
Pedem-me esquecimento
Pedem-me que ainda conceda mais
Jogam minha consciência em farrapos ao vento
Para que não se notem
Sabem e manipulam o meu ser.
Ela ama tanto, que não é capaz, pensam, dizem e sentem.
Possivelmente tem razão…
Com sagacidade conhecem-me bem.
E heis-me prostrada
A mãe, a irmã, a filha, a esposa e amante.
Querendo mais de mim.
Usando-me
Violando meus sentimentos e alma
Coberta…
Nem lágrimas se notam
Quando rolam pela face em mil momentos.
Levantar o véu?
Por índole e comodismo
Ninguém!
Nem tu que tanto juraste amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário