De novo escrevendo sem saber como se escreve.
Num vazio saboroso e sereno.
Vou gostando de mim, do meu equilíbrio
Das dores da alma que vão passando.
De me convencer, que apenas me devo amar a mim.
Como me esqueci de viver!
Esqueci-me completamente.
Trancada num mundo de dor e angustia...
Enquanto lá fora, as flores continuam a abrir-se em tons lindíssimos
As nuvens surgem em mil formas
O mar, mantém a seu tom da maneira como o quero ver.
O mar… tão identificado comigo!
Tanto tempo revolto e cinzento.
O meu coração tão cinza como esse mar.
Tão imenso na extensão de dar.
Dar!
Dei tanto!
A porta fechou-se nas tuas costas.
Olhei
E somente um sorriso.
Tudo me parece vago.
Pela primeira vez sem lágrimas.
Sem dor.
Em casa o teu lugar vazio…
Mas nada me dói.
No chão deitada…
Respiro fundo!
Sinto paz.
Sinto prazer na solidão.
Afinal…
Sempre estive só.
Apenas, demorei a acreditar.
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