terça-feira, 22 de julho de 2008

Só!



De novo escrevendo sem saber como se escreve.

Num vazio saboroso e sereno.

Vou gostando de mim, do meu equilíbrio

Das dores da alma que vão passando.

De me convencer, que apenas me devo amar a mim.

Como me esqueci de viver!

Esqueci-me completamente.

Trancada num mundo de dor e angustia...

Enquanto lá fora, as flores continuam a abrir-se em tons lindíssimos

As nuvens surgem em mil formas

O mar, mantém a seu tom da maneira como o quero ver.

O mar… tão identificado comigo!

Tanto tempo revolto e cinzento.

O meu coração tão cinza como esse mar.

Tão imenso na extensão de dar.

Dar!

Dei tanto!

A porta fechou-se nas tuas costas.

Olhei

E somente um sorriso.

Tudo me parece vago.

Pela primeira vez sem lágrimas.

Sem dor.

Em casa o teu lugar vazio…

Mas nada me dói.

No chão deitada…

Respiro fundo!

Sinto paz.

Sinto prazer na solidão.

Afinal…

Sempre estive só.

Apenas, demorei a acreditar.

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