segunda-feira, 28 de julho de 2008

Adorada



Já sem forças…

Cansado e velho.

Corpo deformado pelos anos

Espírito em erosão de complexos

Mente em trapos e desencantos.

Personalidade esgotada em falsidades

Alma doente de angústia

Humilhado como um escravo.

Depois de tanta servidão…

De tudo fazer e tentar…

Porque não?

Deita-te com ela

Dá-lhe o teu corpo gasto

Que se não morrer de veneno

Será comentado em noites de gargalhada

Em conteúdo de conversas habituais

Que não sendo de homens…

É de Armani ou Dolce Gabbana

De dinheiro, ou cristais mal pronunciados

Porque de que mais podem falar?

Emergentes em sociedade

Pobres em atitudes

Esfomeadas de sabedoria.

E tão adoradas…

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