quinta-feira, 10 de julho de 2008

Quando te toquei



Incrédula e tranquila

Quando te toquei…

Senti que não eras tu.

Apenas resta uma imagem longínqua e esfumada

Apenas um hábito

Um hábito perdido em anos

Um ser faminto de dignidade

Esfomeado de sabedoria

Esfarrapado no vestuário da alma.

Toquei, pensando ser irrealidade

Mas de ti nada resta

A não ser o fumo escoando-se nos dedos dos meus sentidos

A vergonha de te ter feito diferente.

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