Estagnado e em raízes sem fundo
Assim te vejo
Sem cabeça...
Perdido em desertos de quimeras
Esquecido até de ti
Iludido e mal tratado
Tu!
Tu foste tão sublime.
Tão respeitado e amado.
Como se pode perder a inteligência!
Como se pode ser invadido de tal forma….
Que até o amor-próprio se esquece!
Que ganhaste?
Desilusões…
Comédias …
Um palco de vida que não é teu
Perdeste a palavra
A honra
Perdeste-te em caminhos sinuosos e sem rumo.
No fim….
Depois de usado…
Deitado longe do lixo…
Fora do lixo
Bem longe do lixo, onde estagnaste.
No pântano lodoso de mentiras e teatros baratos
Lá permaneceste
Julgando enobrecer, transformar, dar valores…
Ingénua cabeça!
Perdeste o tino?
Modificar?
Tão arreigadas atitudes e condutas?
Como te iludiste!
Esse lixo jamais mudará.
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