Pela estrada do sítio sonhado.
Silencio e gelo.
Um gelo cortante em dia pleno de calor.
Percorrida mil vezes…
Em cumplicidades de vida
Em sonhos vindouros
Em paz e dádiva.
A estrada…
A mesma!
Mas nós, tão diferentes no sentir.
Apenas de hábitos trajados.
Lado a lado mas afastados.
Os sonhos perderam-se em caminhos sujos.
A paz apenas existe…
Porque me calo indiferente a tudo.
Os sonhos afastaram-se em deslealdade e estupidez.
Recolho pedaço a pedaço
A tua ignorância
A tua deslealdade
A imbecilidade
A tua fraqueza cheia de pústulas nauseabundas.
Ainda me custa!
Ainda me custa sim…
Saber que amei a vulgaridade
Que me dediquei totalmente
A um fraco.
Um ser tão vulgar e rastejante
Que se tivesse força…
Irava-me contra mim.
Contra mim apenas
E nunca contra ti
Porque nem a minha ira tu mereces.
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