Assim chegarás na neblina
Cansado e só
Sem referências
E apenas curvado pelo veneno que bebeste.
Abandonado de ti próprio
Dorido de teres dado aos outros
Negando ao teu sangue
Serás um velho só amargurado pelo remorso
Um homem de letra pequena
A quem ficará o estigma do...
Coitado!
Do pai que deu pouco
Podendo dar muito.
Terás como lugar um banco húmido e sombrio
Serás um estranho no coração dos que tantos te amaram
Dos que esperaram…
Esperam em vão
Dos que em noites a fio se preocuparam contigo
Daqueles que até da tua paternidade duvidaram
Com actos tão duros de saber
Com ausências não forçadas
Mas exigidas na embriaguez de cálices de vidro barato
Quando bebias ilusões
Em falsos copos de cristal
Jorrando veneno
Iludindo-te com vinhos exóticos.
Embriagando-te em estupidez
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