Mantiveste-te de pé velha árvore
Acossada pelo tempo
Maltratada e sem alimento
Deste sombra e abrigo
Protegeste quem à tua sombra se sentou
O tempo é inexorável no seu passar
O tempo castiga
O tempo desgasta
Velha árvore que tanto deste
Que tanta sombra nos dias maus ofereceste.
Agora caída e só
Sem mais poder dar abrigo
Ainda esperam que teu tronco destruído
Sirva para decepar
Para cortar e sangrar
Sangrar em seiva de lágrimas
Em dores incontidas
Em bocados …
Apenas bocados quem sabe...
Para numa lareira em derradeiro doar
Aqueça alguém que sinta frio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário