segunda-feira, 31 de março de 2008

Semblante




Semblante pérfido

Mãe da vaidade

O belo esfuma-se quando te fixas

Quando estás só.

Queres mais !

Nada te contenta...

A falsa modéstia e a perversidade

Vão afogar-te a alma

Os dias da mentira …

Emergirão como uma pluma

Das plumas com que te mascaras.

Que pena me fazes…

Envolta em sedas e tão indecisa.

Rodeada de tudo e a fome gritando

Estende-te no sofá…

Não estragues o verniz das unhas

Ociosa, mãe dos vícios

Luxúria e vaidade…

Até que um dia

Um dia... O sol desponte.

Te destape as plumas

As plumas com que te disfarças

E surja a alma de abutre.

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