domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pedido


Tanto pedido

Tanto amargor

Tanta voz ao vento…

Mil vezes rogado e não atendido.

Não me perderei

Desafiarei o mar violento

No meu barquinho sem casco e cansado

Atravessarei ondas altaneiras e fortes.

No porto de abrigo…

Deixo-te as sementes

As sementes do fruto que cuspiste

Que não escutaste

Que adiaste em razões infundamentadas

Eles cobrarão o adeus no horizonte

O barco navegando assustado mas firme.

Desaparecendo na neblina

Sem rasto e sem retorno

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