Ninguém poderá entender
Imaginar a angústia de dias seguidos em coma de emoções
Querendo e não tendo
Esperando sem regressos
Olhando domingos passados matando dias de vida
Fazendo uma penitência por pecados que não cometeu
Partir em bocados ilusões e esperanças
Presa, sempre presa sem grilhetas,
Invocando, implorando sem tréguas.
Atolada em areias movediças
Que quanto mais me debato mais me engolem.
Hoje, hoje em tempos de liberdade!
Vive-se tragada em escravatura disfarçada e subtil.
Porque me prendeste quando estava de costas?
Porque me envolveste numa teia gigantesca de aranha.
E esqueces o ferrão mortífero e final
Para aos poucos e em agonia
Colocares veneno em minha alma e meu corpo
Matando lentamente
Fazendo-me perder forças
E incrivelmente…O pior dia é sempre ao domingo.
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