domingo, 24 de fevereiro de 2008

Domingo




Ninguém poderá entender

Imaginar a angústia de dias seguidos em coma de emoções

Querendo e não tendo

Esperando sem regressos

Olhando domingos passados matando dias de vida

Fazendo uma penitência por pecados que não cometeu

Partir em bocados ilusões e esperanças

Presa, sempre presa sem grilhetas,

Invocando, implorando sem tréguas.

Atolada em areias movediças

Que quanto mais me debato mais me engolem.

Hoje, hoje em tempos de liberdade!

Vive-se tragada em escravatura disfarçada e subtil.

Porque me prendeste quando estava de costas?

Porque me envolveste numa teia gigantesca de aranha.

E esqueces o ferrão mortífero e final

Para aos poucos e em agonia

Colocares veneno em minha alma e meu corpo

Matando lentamente

Fazendo-me perder forças

E incrivelmente…O pior dia é sempre ao domingo.

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