Semblante pérfido
Mãe da vaidade
O belo esfuma-se quando te fixas
Quando estás só.
Queres mais !
Nada te contenta...
A falsa modéstia e a perversidade
Vão afogar-te a alma
Os dias da mentira …
Emergirão como uma pluma
Das plumas com que te mascaras.
Que pena me fazes…
Envolta em sedas e tão indecisa.
Rodeada de tudo e a fome gritando
Estende-te no sofá…
Não estragues o verniz das unhas
Ociosa, mãe dos vícios
Luxúria e vaidade…
Até que um dia
Um dia... O sol desponte.
Te destape as plumas
As plumas com que te disfarças
E surja a alma de abutre.