quinta-feira, 23 de abril de 2009

Noites






Quando a noite chega à madrugada…
Quando essa noite de putas e vagabundos
De marginais e bêbados me esquece,
Sinto que me perdi em mares frios
Em tempos que não existem
Em momentos que deixei como areia…
Escorregar por entre o cetim macio da minha camisa de noite.
Passo as mãos sobre o meu corpo quente
Não tenho nem cheiro
Nem desejos.
Olhos vazios e cegos no escuro
Aguardo que o bafo de amor se deite ao meu lado
Respirando ofegante e pleno
Que o suspiro do êxtase se espraie em mim
Que a fogueira se apague lentamente.
Em gemidos tranquilos de cansaços.
Meus pés procuram os teus por entre as dobras do lençol
Não estás!
Nunca estiveste!
Eu é que te sonhei em mim.
Que me sonhei mulher
Quando me apagaste apenas num sopro.

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