quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desejo?





Não te desejo como pensas!
Desejo-te em exemplo.
Desejo-te em passado.
Não te posso desejar
Falhado.
Vendido.
Humilhado.
Pequeno de alma e de atitudes.
Como poderei desejar-te quando a nobreza em ti acabou?
Sinto-te rastejando
Sem o orgulho que me envolvia e que te fazia grande.
Aos poucos esvai-se o meu sentir nas tuas fraquezas.
Não te ergues em força.
Não tens opinião nem vontade
Ainda me falas de amor?
Amor a quê? A quem?
Renegaste-nos!
Amamos-te em orgulho
Vai! Faz o que te ordenam!
Humilha-te...
Servo da ignorância.
Hoje, apenas hoje, perdi o sono
E zanguei-me comigo.
Afastam-se os dias que por ti perco noites pensando
Como? Como?
E escrevo…
Escrevo …
Para que não me ouçam gritar.

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