sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tântalo



Hoje escrevo em nome do meu filho

Sim, meu filho.

Apenas meu e somente meu.

Meu…

Mesmo nada sendo meu.

O filho que cresce sem ti

Que precisa e nunca estás.

Que me abraça fazendo-se homem, quando precisa de ser menino

Do filho que adoras em palavras

E te ausentas em dedicação

Do menino que não tem refúgio em ti

Que como Tântalo, tem água e não a bebe.

Que o privaste do que mais queria

Que se embebeda em dias contados, sem regressos.

Não chora porque não pode.

Tem receio por amor, que o veja chorar.

Ouve-o se consegues…

Chorou ontem!

Não consegui limpar-lhe as lágrimas

Deixou de chorar

Para que eu não chorasse.



Um comentário:

R. disse...

wow!! Lindo! Sei o que é isso...