domingo, 17 de agosto de 2008

Ressuscitando



Pensavas que me enterravas viva

Julgaste vezes sem conta um fim próximo na fraqueza

Ah! Como me senti...

Como me julguei incapaz e fraca

Como tive delírios de dor e ouvi no meu íntimo uivos de lobos rasgando-me a alma.

Foram momentos que só a lucidez de alguns entenderá

Lucidez e diferença.

A tua presença foi sempre ausente mesmo nos momentos presentes

O teu interesse julgado em concepções feitas por mim

Pensei-te diferente

Empossei-te de valores

Fiz-te um ser com maiúsculas

Esperei que estivesses ao meu lado nos momentos apenas necessários

E...

Tu perdias-te em quimeras

Em ilusões utópicas

Ferindo e apunhalando o que em oferta pura possuías.

Enfraqueci!

Mas fraco e imperdoável ficou, quem me fez desenterrar de escombros de lama

Julgando-me que vulnerável, dorida e enfraquecida, nunca mais me erguia.

Ressuscito!

Cansada e débil.

Mas viva!

3 comentários:

Anônimo disse...

Hoje. Fala-se da morte. De todas.

D.

Anônimo disse...

Vale a pena cantar a morte em versos e viver a vida em rimas, viva!

lindos dias,
beijos

I'ERA disse...

Quantas mortes....
Mas, como diz a márcia(clarinha) canta-se a morte em versos e vive-se a vida em rimas.
Beijos para os dois