terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O primeiro degrau


Não chegaste a lado nenhum.
Percorreste durante tanto tempo caminhos de amor, de paz e felicidade.
Sempre, sempre repousando em sombra cálida.
De mim partiu o barco.
De mim ragaram-se horizontes.
Em mim começou a escalada.
Esgotaste-me em escadarias de egoísmo.
Estou cansada.
Estou faminta de paz e de carinho.
Vivo só, envolta no teu autismo comodista.
No teu silêncio!
Na tua mentira!
Magoada!
Ferida!
Tanto tempo...
E nunca!
Nunca puseste o pé
No primeiro degrau da escada.

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