quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sem voz






A voz saiu-me rouca!
São cinco da tarde e ainda não tive um som que definisse a minha voz
Falei com um caracol que lento passou na minha janela!
Estou sem tempo!
Ou com tempo a mais?
Começo a sentir as pernas pesadas.
São horas de dias de noites sempre iguais.
Não falo!
Não caminho!
Só vejo o que me rodeia e o som do relógio…
Está frio…
Tanto frio em tudo!
Um frio na alma
Um gelo tão denso…
Será que voltarei a caminhar ao sol?
Meus órgãos funcionam…
Minhas pernas caminham e meus braços movimentam-se.
Estou fechada!
Presa!
As paredes são altas e intransponíveis.
Repito o meu nome!
Chamo pelo caracol!
Tenho voz sem fala.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você não quer saber?
Eu quero. Vote.

D.