segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Bola de Cristal



















Olho fixamente a minha bola de cristal
Vejo mil imagens e promessas
Caminhos livres de poeira
Com espaços amplos, objectivos e vontades
Estou em cativeiro.
Prisioneira, asfixiada está a minha alma, a minha vida.
Rodo-a nas mãos procurando o mais pequeno poro
Um orifício ínfimo que me deixe sair.
Não acredito em profecias, nem em destinos.
Acredito que me deixei cristalizar dentro dessa bola maldita.
Incauta, entrei nela sem sentir.
Tenho medo de a estilhaçar contra as imposições
Contra o tempo
Contra a força que nela me aprisiona.
Sou apenas e um pouco medrosa
Mas…
É só abrir as mãos…
E voarei faminta de liberdade.

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